Se hà coisa que me chateia são pessoas falsas e este mundo està cheio delas. Pior é que cada vez mais, muito por culpa deste mundo de rede sociais onde parece que todos têm de ser politicamente correctos.
Reza a lenda da netiquette que temos de ser cordiais, simpáticos etc, etc, etc. Mas não diz, em lado nenhum, que se uma pessoa está de mal humor não o pode expressar, que se não gosta de alguma coisa não o possa dizer no entanto, fica todo o mundo indignado se alguém não fala de florzinhas, cãezinhos, gatinhos, bebezinhos ou outras coisas acabadas em "inhos".
Digo mais, temos de mostrar nas redes sociais (principalmente no facebook) que somos hiperactivos, eufóricos, cheios de dinheiro porque só aparecem fotografias de idas ao restaurantes e às compras, temos imensos amigos e isso tudo sempre muito bem acompanhado de umas hashtags maravilhosas tal como o estado de espírito que lá se mostra.
Raramente vejo uma fotografia de alguém a chorar, a gritar ou a pedir ajuda porque isso não é correcto. Vamos lá agora mostrar as nossas fraquezas nas redes sociais... que disparate! Só é correcto se for uma fotografia de um menino que nem se sabe de onde é e que está ou a morrer à fome ou levou porrada, do cão que foi abandonado e salvo por uma alma caridosa.
E os pedido de ajuda para os animais que são aos molhos nos murais com centenas de comentários a dizer "tadinho", "fofinho", "que pena", "se eu pudesse"? Mas ninguém avança, ninguém diz "eu fico com ele, que se lixe o sacríficio, estou a salvar um animal".
Nestes últimos meses tenho preensenciado a um fenómeno que me assusta bastante, a passagem desta falsa vida das redes sociais para a vida real. As pessoas fingem tal como se estivessem no facebook. Não têm coragem de dizer "não gosto", "não quero estar contigo" e tentam disfarçar. Fazem de conta que não te vêem ou fogem pé ante pé para ver se não os apanhas na curva.
Isto é simplesmente estúpido!
As aulas acabaram e os exames também. Este ano os meus dois piolhos tiveram exames, de 6º ano e de 9º.
Para a minha filha, que estava no 6º, foi fácil. Tem tido boas notas e até se tem dedicado ao estudo (salvo aqueles dias em que os desenhos animados são mais fortes que ela ou que qualquer outra coisa no mundo inclusive o cão que precisa de passear). Passou o ano com boas notas e teve 4 tanto no exame de português como no exame de matemática.
Fiquei muito orgulhosa, por um lado porque foi uma nota supreendente a português, disciplina que ela sempre teve alguma dificuldade e por outro lado porque matemática é, regra geral o calcanhar de Aquiles da maioria da miudagem mas ela gosta e percebe!
Quanto ao adolescente que chumbou no 9º ano, portanto este ano foi um "all over again" conseguiu passar este ano mas ainda falta saber o resultado do exame de português. Passou mas com duas negativas, a francês e matemática. Eu nem vou comentar a parte do francês porque sendo ele filho de alguém que nasceu e viveu em França até ao 15 anos só me deixa numa situação embaraçosa. Mea culpa, não falei com eles em francês quando eram miúdos, falei em inglês. Agora tiram 5 a inglês e nega a francês (ainda falta ver a minha filha que irá começar no próximo ano).
Quanto à matemática, perdeu-se por volta do 6º ano e nunca mais conseguiu recuperar porque simplesmente desistiu. É mais do que sabido que o exame de matemática vai ser uma grande nota a puxar para baixo!
Felizmente passou e está entusiasmado para o próximo ano. Vai fugir da matemática, claro mas até pode se dar bem porque terá disciplinas que puxam ao pensamento e isso não é mau de todo.
Com o final e a passagem de ano, dei-lhe o que lhe tinha prometido no ano passado e que ficou na gaveta até agora, um smartphone. Ficou todo contente, claro e já se anda a tornar social (instagram, snapchat, skype e todas as outras apps usuais).
Resta-lhe puder usar o computador e a playstation que também ficaram confiscados. A playstation na garagem e o computador com password mudada. Aliás mudámos as password de tudo o que é elecctrónico e de acesso à internet.
O mais engraçado foi a password que escolhemos e aguardo ansiosamente para lhe dizer porque até tem uma certa graça (mórbida).
Um miúdo de para aí 9 anos:
- Olha aquela a fazer topless!! (repete duas vezes porque se calhar a praia toda ainda não ouvi).
O pai (que vive no Brasil, é português mas considera-se mais brasileiro):
- Devem ser estrangeiras. As portuguesas não fazem topless (WTF?)
Nota: O pai, que foi para a praia com um português falou sempre em português. Assim que os brasileiros (um aparentemente seu amigo) se sentaram ao lado dele começou a falar português do Brasil e orgulhoso, diz que os filhos até naceram lá.
Estranho... os putos falam português perfeito!
Final do dia, no sofá:
- É mesmo dia de trabalho amanhã?
- É...
- Não é nada! Estás enganado. Não vamos trabalhar amanhã, estamos doentes.
- Boa! Não vamos. Vamos ao médico pedir uma baixa por distensão do polegar por demasiados likes no instagram.
O_o
Tenho uma sorte do caneco em não precisar de fazer dieta. Felizmente sempre fui magra (se bem que o cozinheiro cá de casa fez-me engordar uns quilitos) e nunca me preocupei muito com o que comia. Mesmo agora não me privo de nada.
Mas a idade não perdoa e, mais por uma questão de saúde do que por uma questão de peso, decidi ter alguns cuidados.
Deixei de comer tantos doces e consegui reduzir de tal modo o acuçar que já consigo beber chá e café com leite sem açucar. Isto, minhas caras e meus caros, para uma pessoa como eu é um verdadeiro milagre à altura da multiplicação do pão feito por o amigo Jesus (o verdadeiro, não o traidor do Benfica) há uns milénios atrás.
Deixei de comer chocolate mas não foi voluntário. Enjoa-me. A sério, não é brincadeira! Já fiz o teste várias vezes e comprei tabletes para depois comer um ou dois quadrados e ficar mal disposta. É um crime!
Deixei de beber tantos sumos e passei a beber mais água que ao contrário do que as más línguas dizem, não cria sapos na barriga.
Mas ainda há muito trabalho pela frente. Preciso fazer uma alimentação mais variada. Ao final do dia, com o cansaço todo nem sempre há vontade para fazer jantar e lá vai uma caneca de leite com uma sandes ou outra coisa qualquer.
Deixei de comer fruta como comia antes. Se calhar porque o sabor já não é o que era, não tem sabor nenhum!
Como quer fazer o esforço, compro sempre qualquer coisa mais saúdavel e digo "é desta que vou começar a ter uma alimentação cuidada". Decido beber menos café e digo " é desta que vou passar a beber só chá". Compro os cereais de fibra e digo "é desta que vou deixar de comer crunch ou cheerios e vou comer cereais saudáveis".
Eu não sei como fazem aquelas mulheres que se submetem a estas coisas todas mas são as minhas heroínas. Especialmente as que comem os cereiais de fibra. Aquilo é horrível! Fica uma pasta com um sabor a farinhas que se dá ao gado. Quem é que consegue engolir aquilo? Eu não!
Depois de ter tentando umas quantas vezes jurei que nunca mais iria comprar tal coisa. Primeiro porque são caros e segundo porque iam acabar no lixo. Só que, claro, o meu feitiozinho à la française fez-me comprar uma nova embalagem, daquelas novas da Kellog's que vêm com fruta. E não é que estes até se comem? Não são Cheerios ou Estrelitas ou Nesquik mas não sabem a farinhas para gado.
Já sei porque sou tão picuínhas! Finalmente ao fim de 40 anos (20, vá... antes disso não se percebe nada) percebi que:
- Ser chata
- Reclamar constantemente mesmo quando não há razão para reclamar
- Torcer o nariz a todas as coisas estranhas que me põem na mesa
- Nunca estare satisfeita com nada que não seja feito por mim
- Ter sempre uma teoria para tudo
(a lista continua, só não quero assustar o pessoal)
Todas estas coisas existem em mim porque nasci em França! Não só considero isso um erro de percuso (não tive voto na matéria, enquanto espermatozóide, ainda não tinha poder de decisão a não ser correr e ser o primeiro a chegar ao óvulo...yes!) ainda por cima fiquei com todos os maus hábitos dos franceses. É preciso ter lata... não podia, por exemplo ter ficado com o dom da arte? Pintar uns quadros e ser famosa. Ou o dom da escrita e ser um Houellebecq e ganhar dinheiro a escrever livros.
Não! Claro que não. Só me sobrou mesmo o mau feitio francês que, algumas vezes até tem piada e algum charme mas todos os dias levar comigo é uma canseira.
Como se não bastasse, também fiquei com os maus hábitos portugueses. É um dois em um!
E para quem acha que não é verdade vejam este vídeo sobre os clichés franceses (visto por um belga).
Empregado: Então foste à praia miúda?
Avô da miúda: eih! O sol fechava, abria, fechava, abria, fechava, abria....
É tipo torneira O_o
Avô da miúda: eih! O sol fechava, abria, fechava, abria, fechava, abria....
É tipo torneira O_o
Existem aquelas regras da internet que toda a gente conhece (e se não conhece deveria) que definem a forma como escrevemos e comunicamos. Até já existem livros extensos e tudo!
Uma das regras mais básicas é não escrever em maiúsculas porque simboliza estar a gritar. Tanto que, quem segue esta regra e escreve em CAPSLOCK por engano acaba por pedir desculpas.
E não é que sempre que leio alguma coisa escrita em maiúsculas por alguém que está a comunicar comigo online, a minha voz interior lê a gritar? Não vos acontece?
SE EU ESCREVER AGORA EM MAIÚSCULAS QUASE QUE APOSTO QUE O TOM DA VOSSA VOZ INTERIOR AUMENTOU!
Coisas parvas... lol!
O meu portátil deu o berro há uns tempos. Já o usava pouco mas dava jeito especialmente para sacar músicas (shiiuuu, ninguém ouviu) e tratar fotografias.
Entretanto as fotografias passaram a ser tratadas no desktop que foi adquirido especialmente para esse fim, a fotografia. E de facto, não o uso para outra coisa a não ser para alterar o meu blog (que sofreu novas alterações caso ninguém tenha reparado).
De resto faço tudo nos smartphones e escrevo os textos para o blog no tablet. Faço parte daquela percentagem que aprendemos no curso que raramente usa o desktop a não ser no trabalho.
Há uns tempos fiz um post sobre colocar posts no blog que falava da minha nova estratégia para que conseguisse colocar posts todos os dias e não perder o meu tão pequeno e assíduo público.
Apesar de ter parado por dois meses (isto de tirar um curso, ter um emprego, dois cães em que um deles decidiu ter um problema na orelha, o meu acidente que só agora ficou resolvido, dois filhos com exames a chegar) já não havia tempo para dormir.
Agora voltei para pôr em prática o que tenho aprendido e porque tinha saudades de dizer disparates ao mundo (se é que o mundo ouve). A estratégia que referi no outro post mantém-se, todos os dias tento colocar um post online (há uma coisa chamada agendar post e que ajuda bastante, faz o trabalho por mim).
De manhã, enquanto tomo o pequeno almoço, vou ver o post e colocar no facebook (essa parte ainda não é automática).
E aqui começa a aventura! Tenho 3 smartphones (sim eu sei, é um exagero mas há quem coleccione malas ou sapatos e ninguém comenta) e em cada um deles a porcaria do facebook decide tomar personalidades diferentes feito esquizofrénico!
Com um não consigo previsualizar o meu post, no outro não consigo postar com uma conta diferente, finalmente o último deixa-me fazer isso tudo. Dever ser por ser chinês e não fazer parte dos planos maquievélicos do Zuckerberg.