As limpezas como terapia psicológica

12:36 da manhã

Há quem gaste dinheiro com psicólogos para encontrarem respostas sobre a vida, o eu, o que se passa, porque me acontece tudo a mim, sou uma vítima desta vida cruel, etc e há quem faça limpezas o que, no meu caso até é irónico porque não gosto de limpezas. Tenho uma teoria (a ser testada cientificamente) que o pó de casa ajuda nas alergias. Sem pó como podemos nós criar defesas contra ele? É lógico!
(não conto as experiências com o frigorífico)
Com a chegada do meu aniverário faço sempre um balanço do que já foi, do que é e do que vai ser. Também faço na passagem de ano ou em qualquer ocasião marcante. Faz bem fazer um balanço. Desta vez, com a minha chegada aos "entas" o balanço tem outro peso. Existe aquela ideia que a chegada aos quarenta é a chegada ao meio da nossa vida. Bom, então o que fiz eu na primeira metade que raio vou fazer na segunda?
Ando a pensar nisto há algum tempo e está a dar-me cabo dos miolos (que diga-se já não são muitos). Quando isto acontece e começo a senti-los a saltar que nem pipocas num tacho ponho-me a limpar. Mas limpar à seria! Até limpo o pó (excepto das estantes dos livros que isto de tirar mil quinhentos e tal livros e repô-los só mesmo tirando uns dias de férias). 
Ligo o iPod, ponhos os auscultadores e vamos a isto! Para a limpeza correr bem sem andar a resmungar com todos da casa (cães incluidos) tem de ser com música. E ajuda por mais incrível que pareça. Sinto-me com mais energias e com aquela ideia de que limpar e organizar a casa ajuda-me a organizar a cabeça (mais uma coisa a ser testada cientificamente). E não é que resulta? 
Das duas uma, ou tenho de começar a fazer mais balanços para ter estes ataques de limpeza e ver a casa mais organizada ou começo a usar a limpeza como terapia e tentar provar a teoria cientificamente. 

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